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Covid-19: alta demanda, dificuldade de monitorar

Vigilância Epidemiológica não estaria dando conta de acompanhar todos os infectados

c6b19b879ba26da5d611233905bd6b58.jpg Foto: MAURÍCIO VIEIRA/SECOM/DIVULGAÇÃO

Por: Sofia Mayer*

 

O primeiro registro de Covid-19 em Palhoça foi há cerca de quatro meses. Hoje, o município já passou dos mil casos e vê o número de infectados crescer exponencialmente a cada atualização de boletim. Com a alta demanda de infectados, o que tem aumentando também são as reclamações sobre a qualidade do serviço de acompanhamento aos doentes. Relatos evidenciam que muitos pacientes não estariam sendo monitorados e orientados pelas equipes da Vigilância Epidemiológica após os diagnósticos positivos, como está previsto no protocolo sanitário do município.

A situação escancara uma possível sobrecarga das equipes responsáveis. Na cidade, por exemplo, os casos ativos do novo coronavírus já somam 1.106; além disso, mais 162 pessoas aguardam o resultado de exames, segundo informações da Secretaria de Saúde divulgadas nesta quarta-feira (8). Em termos práticos, isso significa que seriam mais de 619 pessoas para a Vigilância Epidemiológica observar e manter comunicação contínua. Leitores revelam, no entanto, casos de pacientes que passaram pelo ciclo do vírus sem terem sido contatados uma única vez. Além disso, nem sempre o compromisso sanitário de testar pessoas que tiveram proximidade com os doentes estaria sendo cumprido pelos profissionais.

A moradora da Guarda do Cubatão Giovana Ribeiro está no fim da doença e conta que, desde que começou o período de isolamento social determinado pelos profissionais de saúde, segue sem receber as ligações prometidas pela Vigilância Sanitária. Diagnosticada no dia 29 de junho, a jovem está, desde então, em quarentena, junto com uma amiga que também testou positivo para o novo coronavírus. Ela conta que as instruções para o tratamento foram dadas apenas no dia do diagnóstico: “Lá no posto a gente assinou um termo de responsabilidade, que não poderia sair”, explica. 

Ribeiro informa, no entanto, que a colega apresentou um quadro mais intenso da Covid-19 e chegou a receber o contato posterior dos profissionais: “Mas percebi a demora que tiveram para fazer contato com ela”. De acordo com a paciente, a ligação só aconteceu depois de já cumprir parte do isolamento social previsto, cinco dias após a divulgação do exame.

Já a munícipe Indianara Cardozo comenta que, mesmo com sintomas leves, imaginou que pessoas que tiveram contato com ela também seriam, em algum grau, analisadas. “Eu senti mais pela minha família, disseram que fariam o teste neles, mas não executaram. A princípio, passei o vírus para minha vó”, relata. A munícipe conta que a familiar conseguiu agendar o exame, mas que só ficará pronto em 10 dias. “Está com sintomas leves”, diz, aliviada. O bairro onde mora, Nova Palhoça, contabiliza 27 casos ativos do novo coronavírus, de acordo com o boletim epidemiológico desta quarta-feira (8). 


Falta clareza

De acordo com a Lei Federal 8.080, a Vigilância Epidemiológica tem o papel de definir um conjunto de ações que garantam o conhecimento, a detecção ou prevenção de doenças, bem como de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle. Há mais palhocenses, no entanto, que estão visualizando falhas no cumprimento dessas atribuições durante a expansão dos casos de Covid-19 no município. É o caso do editor-chefe do Jornal Palhocense, Alexandre João Bonfim da Silva, que testou positivo para o vírus no dia 29 de junho e, quase no fim do período de isolamento domiciliar, ainda aguarda as ligações prometidas pela equipe técnica responsável. 

Embora esteja seguindo à risca as orientações da quarentena, ele acredita que nem todos os infectados possuem o discernimento dos limites do isolamento social, desconhecendo os procedimentos que devem ser adotados durante os estágios da doença. “Não me senti impelido em nenhum momento a não sair de casa. Não saí por consciência”, revela. As pessoas com quem teve contato também não foram testadas. 

O relato de uma moradora que vive na região central do município também traz à tona a dificuldade no acesso às informações, e coloca em questão a clareza dos agentes de saúde no momento em que os pacientes recebem o resultado do exame. “O médico só disse que a Vigilância tinha que ser notificada, e que eles iriam entrar em contato comigo, mas confesso que nem sei para quê”, admite. Ela recebeu o laudo no último domingo (5); até o momento, não foi contatada para atualizar a equipe sobre seu quadro de saúde. De acordo com o município, os procedimentos adotados pela Vigilância Epidemiológica buscam também confirmar se os infectados ou casos suspeitos estão cumprindo o isolamento social. 

A palhocense lembra que, de início, sentiu um resfriado leve, sem dar muita importância para os sintomas, já conhecidos de todos os invernos. “Nada do que eu não tenha já sentido todo ano, quando esfria”, compara. Uma semana depois, quando reparou que estava sem paladar, correu para fazer o exame em uma clínica no Centro da cidade. “Lá, o médico disse que precisava preencher o formulário da Vigilância”, recorda. Até o momento, essa foi a única comunicação estabelecida.


Contraponto

Os sintomas de Thiago de Oliveira Melo começaram em 21 de junho e, a partir daí, veio a necessidade do exame. O resultado, que ficou pronto no dia 27, foi claro: coronavírus. Diferente dos outros relatos, porém, ele conta que a Vigilância Sanitária entrou em contato três dias após a confirmação da doença: “Perguntaram quando começaram os sintomas, com quem moro, dados das pessoas que moram comigo, pessoas que tive contato maior”.
Embora a ligação tenha sido um evento único, o munícipe está satisfeito com o serviço. “Acredito que a assistência que eles poderiam dar, fizeram”, examina.


Atuação da Vigilância

A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, informou que há equipes técnicas trabalhando, exclusivamente, no monitoramento dos pacientes. O serviço está acontecendo no Hospital de Olhos, e é realizado, sobretudo, por profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e de atividades de saúde não essenciais, como dentistas e auxiliares. Segundo a secretaria, a realização de testes é a maior demanda da Vigilância Epidemiológica no momento.

A sobrecarga, no entanto, é tema controverso na própria Prefeitura: enquanto o superintendente municipal da Vigilância Epidemiológica, Leonardo Kretzer, afirma que o monitoramento está funcionando em perfeitas condições, “melhor do que um call center”, o próprio prefeito de Palhoça, Camilo Martins (PSD), considera que as equipes não estão dando conta de manter constância na comunicação com os pacientes, por conta da alta demanda de infecções ativas. O próprio prefeito testou positivo para o novo coronavírus e está em isolamento.


* Sob a supervisão de Luciano Smanioto 

 


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