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Espécie rara: profissional de PH ajuda a preservar

Espécie de roedor que vive isolada em ilha próxima a Palhoça há cerca de 8 mil anos será monitorada por câmeras

a211892da663bdba2ec6974a8b0ff20a.jpeg Foto: DIVULGAÇÃO

Por: Willian Schütz*

Uma das espécies mais raras de mamíferos do planeta vive pertinho de nós. Todos os cerca de 50 espécimes de preá-de-Moleques-do-Sul, cujo nome científico é Cavia intermedia, vivem em uma ilha de cerca de 10 hectares localizada no arquipélago de Moleques do Sul, a poucos quilômetros da costa sul do litoral palhocense. Para monitorar os pequenos roedores, cerca de 15 câmeras serão instaladas na ilha. O monitoramento faz parte do Plano de Ação Estadual para Conservação do Preá-de-Moleques-do-Sul, que teve participação ativa de uma profissional de Palhoça, Haliskarla Moreira de Sá.

De acordo com o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), o preá-de-Moleques-do-Sul é considerado o mamífero com a menor distribuição geográfica do planeta e está entre os 20 pequenos mamíferos mais ameaçados do mundo. O plano de ação foi concebido justamente com o objetivo de reduzir seu risco de extinção. 

A implantação das câmeras no local ajudará tanto nos estudos de comportamento dos roedores como em possíveis flagrantes da presença de seres humanos - o que pode vir a ser uma ameaça aos pequenos animais. 

Moradora da região Sul de Palhoça, Haliskarla Moreira de Sá coordenou o projeto de educação ambiental na comunidade escolar do Pântano do Sul, que foi uma das etapas de mobilização social do Plano de Ação para conservação da espécie. “A consciência e a responsabilidade ambiental da população são fundamentais para a não extinção desta espécie. Ela está isolada há cerca de 8 mil anos e podemos transmitir diversas doenças às quais ela não tem resistência. Fazendo um paralelo com a experiência que estamos vivenciando na pandemia, 8 mil anos é uma longa quarentena, não é mesmo?”, reflete.

Carlos Salvador faz parte do Instituto Tabuleiro (IT), que tem projetos em Palhoça e região, atuando na conservação do roedor. E sobre o processo de pesquisa da espécie, ele que diz que é “bastante delicado”. “A pesquisa em excesso e mal conduzida também pode ser uma ameaça da espécie. Por isso, tem uma avaliação criteriosa para autorizações”, introduz. “Atualmente, não estão sendo executadas pesquisas diretas com a espécie em seu ambiente. As pesquisas hoje são com dados já coletados, como por exemplo, amostras genéticas. As principais pesquisas em campo já foram realizadas e podemos desfrutar de um conhecimento bastante avançado da espécie”, continua Carlos Salvador.

Ainda de acordo com o biólogo, o uso das câmeras para o estudo de comportamento tem a vantagem de dispensar a captura dos animais, ou seja, com pouca ou nenhuma interferência. Assim, “as câmeras vão ajudar a monitorar também o número de animais ao longo do tempo e fornecer dados, sem interferência direta”.

Vale ressaltar que, segundo o IMA, as Ilhas Moleques do Sul estão legalmente protegidas, pois integram os limites do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, a maior unidade de conservação de proteção integral de Santa Catarina. Então, caso alguém saiba a respeito de algum embarque irregular nas ilhas, o indicado é ligar para a Polícia Militar Ambiental, discando (48) 3365-4906.

A data da instalação dos equipamentos de monitoramento ainda não foi oficialmente divulgada, mas deve ocorrer ainda neste ano. 

* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim

 

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