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Fumaça na calada da noite

Moradores de vários bairros sofrem com sequência de incêndios provocados sob o abrigo da escuridão

d4bac83a91d4746025a81807301555ed.jpg Foto: DIVULGAÇÃO

Por: Sofia Mayer*

 

As queimadas configuram um problema sério em diversas regiões de Palhoça. Há mais de 15 dias, moradores de localidades como Jardim Eldorado, Brejaru e Pedra Branca têm contemplado uma lista de áreas castigadas por focos de incêndio. 

Eles contam que o fogo começa, geralmente, depois da meia-noite, quando não há trabalho de vistoria acontecendo. Os munícipes destacam que o fogo costuma vir da queima de lixo, colchões, madeira e entulhos em geral. Relatos dão conta de que catadores estariam realizando as queimas.

Os moradores contam que já efetuaram reclamações na ouvidoria da Prefeitura e na Polícia Militar Ambiental (PMA). De acordo com a PMA, parte da fumaça presenciada nesta região é consequência de um incêndio que aconteceu há dias, por conta das especificidades da vegetação. “Como é uma área onde as raízes são muito profundas, hoje a gente tem um incêndio de tufas, um tipo de incêndio onde ficam queimando as raízes. Levam dias, às vezes até meses, para conter toda a fumaça”, explica o sargento Pires.

A PMA admite que a alta demanda diária de ocorrências interfere na eficiência do trabalho em áreas urbanas. “Às vezes, a guarnição está longe e, quando chega, já acabou (o fogo)”, explica o sargento Reginaldo, da 4ª Companhia, que atende nove municípios.

Outro órgão que pode ser acionado é a Fundação Cambirela do Meio Ambiente (FCam), que neste período de quarentena está trabalhando com apenas dois fiscais nas ruas - e têm concentrado o trabalho na análise de demandas de invasão de terra.


Fogo na madrugada 

O loteamento Firenze, às margens da BR-101, no Nova Palhoça, também sofreu com chamas na madrugada desta terça-feira (5). Segundo os bombeiros, mesmo com menores proporções, o fogo, resultante de queimadas, também foi potencializado pelo tempo seco. Não havia ninguém no local durante o incêndio.


Fogo durante o dia

Na tarde desta segunda-feira (4), uma nova queimada, nas proximidades do Morro da Pedra Branca, causou mais desconforto à vizinhança. “Ali foi de grande proporção, difícil acesso, em área de terreno íngreme. Muito lixo e entulho na região também. Quando chegamos, os moradores estavam tentando apagar”, afirma Maria Elisa Esser Koppel, que atua no Corpo de Bombeiros de Palhoça. Os bombeiros palhocenses tiveram o apoio do quartel de São José no trabalho de extinção do fogo. Cerca de 6 mil litros de água foram utilizados no combate ao incêndio, que contou com o auxílio de um caminhão, bombas costais e batedores. “Está acontecendo direto ali na região”, lamenta a bombeira militar.

Um dos moradores afirma que, na ocasião, havia casas próximas ao fogo. “Moradores tentaram amenizar (o incêndio) com mangueira”, lembra. Foram necessárias, de acordo com os Bombeiros, três horas para extinguir as chamas. O Corpo de Bombeiros pede o apoio da população e lembra que, devido à estiagem na região, incêndios decorrentes de queimadas estão acontecendo com mais frequência - aproximadamente três incêndios em vegetação por dia.

Denúncias de leitores dão conta de que os focos na região da Pedra Branca têm se intensificado nos últimos meses. Com o cenário crítico, algumas pessoas acreditam que aumentar a fiscalização não seja o suficiente para resolver a questão. “Falta empenho das autoridades em políticas públicas voltadas para conscientizar o povo, que ama colocar fogo”, expõe um popular.

Conforme dados dos Bombeiros, 1.042 ocorrências de incêndios florestais foram registradas em Santa Catarina entre 23 de março e 23 de abril. A recomendação da corporação é a de que não se inicie queimadas, principalmente em locais próximos a áreas de vegetação; a queima de lixos, terrenos ou pastagens também é desaconselhada. 


Problema para a saúde 

Um dos maiores problemas causados pelas queimadas é a inalação frequente de fumaça. Em tempos de expansão da Covid-19, é um desafio sanitário preocupante. “Há pessoas que estão reclamando de problemas respiratórios, e nesta época de pandemia, temos que evitar doenças pulmonares, pois resultam em mais pessoas nos hospitais”, expõe um morador da região do Jardim Eldorado. “A qualidade do ar é nosso bem comunitário mais precioso. Esperamos que haja uma solução urgente para esta questão”, desabafa.

Especialistas afirmam que, como as queimadas domésticas de lixo, de forma geral, se enquadram na combustão de biomassa, elas representam riscos sérios à saúde humana. “Esse tipo de queima gera a liberação de diversos compostos poluentes altamente prejudiciais, como monóxido de carbono, hidrocarbonetos, material particulado, dentre outros”, explica Bruno de Moraes Santos Wong, médico pneumologista e ex-professor da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc). A longo prazo, o médico esclarece que a exposição continuada a cargas elevadas de poluição ambiental pode contribuir para a geração de doenças crônicas, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e o câncer de pulmão, “cuja relação direta com a inalação de fumo e poluição já está provada”. 

Os efeitos a curto prazo, em geral, se concentram em irritação das vias aéreas, que podem resultar em tosse seca, incômodo na garganta ou rinite. “Em pacientes pneumopatas, como portadores de DPOC e asma, pode haver agudização da doença, muitas vezes grave, com crises de falta de ar, tosse intensa e necessidade de pronto atendimento”, explica Wong. O cenário é ainda mais inquietante durante a escalada da Covid-19 na região, já que o vírus também agride o sistema respiratório. “Um portador de asma que contrai o coronavírus, e ainda está exposto à poluição ambiental intensa, tem muito mais chances de evoluir com gravidade, por exemplo”, justifica. A potencial superlotação de leitos hospitalares, no período da pandemia, também preocupa.

* Sob a supervisão de Luciano Smanioto


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