c08d1bc03872c8c59be76bd925d209ad.jpeg CBMSC mantém equipes de Força-Tarefa em sobreaviso para atendimentos decorrentes do ciclone

6db3143b548c49cbd3b2d2966e39b2e4.jpeg Águas de Palhoça realiza ações ambientais durante o Guarda do Embaú Surf Festival

295e4dcc1328851b69936149306d5682.jpeg Operação ‘Pirâmide Sobre Rodas’ cumpre mandados em Palhoça e outros oito municípios catarinenses

1942049091fb405cf89592851e8a4042.png MPSC recomenda a empresas de transporte interestadual garantir gratuidade a pessoas com deficiência

ec49b29fa14e6b26b8ddff737d673031.jpeg Polícia Civil prende suspeita de roubo à residência em Palhoça

b7e916bd3184567010229097c7a52f48.jpeg Peça ‘Nossa Senhora do Desterro’ tem seis apresentações confirmadas em Florianópolis

c6fa3dbd76fcfc7d638d9d18df6df706.jpeg Poesia palhocense: livro ‘Estrelas nos jardins do tempo’ será lançado neste sábado (8)

b102274ab0a54676a8dad03c2b5a5684.jpeg TUM Festival 2025 anuncia João Bosco, Orquestra Petrobras e novo espaço cultural em Florianópolis

c0837da7879db2a2abd8894aec2ecd9a.jpeg Artista radicada em Palhoça apresenta aquarelas inéditas na exposição “Florir o Invisível”

f03e8e465b03f3d41e34b5f27d3eaa8f.jpg Cartinhas da campanha solidária “Um Sonho de Natal” já podem ser retiradas no Shopping ViaCatarina

b70a839174dd3cf06fb26f64af7c8a65.jpeg Equipe Moto14 celebra pódio na Anittapolis Road Race

a04e05b18ec50db97df04ea1b4028d58.jpeg Meninos da Vila Palhoça vivem semana de avaliação no Santos Futebol Clube

0fb346e63e501fe694f78334c85d193b.jpeg Etapa da Taça Brasil registra disputas em altas ondas nesta quinta-feira (30), na Guarda do Embaú

66c167d4672495f8d471b15cf0d31fdb.jpg Taça Brasil reúne 181 surfistas na praia da Guarda do Embaú

c22407368d044d5e2fa9906303d5cd42.jpeg Triatleta de Palhoça faz sucesso no Ironman com bicicleta dos anos 1970

Há 124 anos, chegava o cinema no Brasil

Artigo enviado por Ramayana Lira, professora da pós-graduação em Ciências da Linguagem e do curso de Cinema

53bf2adfd57fd6650fa9feba4b26b64c.jpg Foto: REPRODUÇÃO

Por: Ramayana Lira*

 

No dia 19 de junho, celebramos, por convenção, o Dia do Cinema Brasileiro. Digo “por convenção” porque sabemos que datas de início e de fim tendem a ocultar processos contínuos e são, na maior parte das vezes, marcos estabelecidos pelos vencedores das narrativas históricas. No caso do cinema brasileiro, a data comemora um evento que é, de certa maneira, bastante revelador de como os responsáveis por essa história entendem as expressões “cinema” e “brasileiro”: a filmagem da Baía da Guanabara pelo italiano Afonso Segreto, em 1896, de dentro de um barco francês, usando equipamento europeu indisponível em terras brasileiras.

Revisores da história do cinema brasileiro, como Paulo Emílio Sales Gomes e Jean-Claude Bernardet, já apontavam para os paradoxos desse “nascimento” do cinema nacional, um cinema que se celebra como objeto do olhar do outro, que se deixa filmar sem reclamar para si os meios e o modo de produção dessas imagens e que privilegia o momento da filmagem em detrimento do encontro do filme com o público (vale lembrar que o marco histórico para o “nascimento” do cinema mundial é a exibição pública pelo Irmãos Lumière, em 28 de dezembro de 1895).

O que temos, então, para comemorar nesse 19 de junho de 2020? Em primeiro lugar, reconheçamos que, ao longo desses mais de 120 anos, nos apropriamos dos aparelhos e das linguagens e das invenções, construindo uma cinematografia importante que dialoga proficuamente com a nossa sociedade. Em segundo lugar, essa construção de um cinema nacional está associada ao crescimento de todo um campo da economia, representando, considerando o amplo espectro do audiovisual, parcela significativa do PIB. Mas também observemos com alegria a apropriação dos meios e das linguagens do cinema por sujeitos antes excluídos dessas formas de expressão, que constituem formas cinematográficas potentes: mulheres, pessoas negras, indígenas.

O que podemos chamar de “cinema brasileiro” é esse espaço de tensão entre essas formas emergentes e o chamado cinema “comercial”, entre os impulsos caóticos e criativos e o olhar “profissional”, entre tradição e rupturas, entre o nós e o outro, entre a grana e o tesão. Comemoremos a incompletude de nosso cinema, celebremos seu projeto em aberto! Porque, hoje, no seu aniversário convencional, o cinema brasileiro está sendo depauperado pelas instituições que deveriam protegê-lo.

O cinema brasileiro está sendo pintado como inimigo do povo. O que, claro, ele não é. Antes, o cinema brasileiro é aliado do povo, devolvendo-lhe a especular e espetacular imagem de suas forças e de seus fracassos. Pois se há uma coisa que o século XX nos ensinou é que se um povo não cuida de seu cinema, esse ou morre à míngua ou se volta contra ele, o povo, com a fúria e a violência de uma arte fascista.

 

* Professora da pós-graduação em Ciências da Linguagem e do curso de Cinema

 


Quer participar do grupo do Palhocense no WhatsApp?
Clique no link de acesso!
 



Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ae88195db362a5f2fa3c3494f8eb7923.jpg