b05e3e613f1f495c80ffe64871774777.jpeg Saneamento básico impacta nos avanços econômicos e sociais no Brasil

249afe14b7d307362c3085fd2211c4e9.jpeg Águas de Palhoça: dicas para saúde e equilíbrio mental

0484d94672c0d26dd8e28c00b60b4803.jpeg Da água ao bem-estar: como a Águas de Palhoça ajuda a transformar a cidade

facab5011f42c1220001a676abdd5a87.jpeg Caixa de gordura: essencial para o bom funcionamento da rede de esgoto

1371112a8318dbffd69f8373c83f2640.jpeg Senai de Palhoça tem programação especial nesta quinta-feira (5)

70ec74e76c63f821f1df3e43276e3f7f.jpeg Livro escrito por estudantes contará história do Palavra Palhocense

bc3a2da446197205ef02e959e022e4a8.jpeg Livro infantojuvenil sobre belezas de Palhoça ganha versão com acessibilidade

b025423634f21ca5fd104d468a5fb639.jpeg Exposição no Shopping ViaCatarina mostra talento do pintor Ivo Padilha

bd60ba3ea5eab498cb5a2089e08fff29.jpeg Ex-colunista Túlio Nahas Claumann recorda trajetória no jornal

d04a7f85ed5ce1e86716b9f8195fe837.jpg Capital Inicial traz a turnê "Acústico 25 Anos" para a Arena Opus neste sábado (7)

4e85e8ae5b7b5c79f13e58aa07b84754.jpeg Palhoça Esporte Clube conquista vaga na final da Copa Catarinense de futsal

76adce2ea889ba973ea6ae3b5dd5acdb.jpeg Estudantes de escola da Pinheira recebem aula sobre o Programa das Reservas Mundiais de Surf

98f64f922d5088f4af02521aea55f038.jpeg Prefeitura de Palhoça sedia reunião com foco no desenvolvimento do surfe

58892e7bdaec8181d4f850e541712197.jpg “Investir no esporte é investir em qualidade de vida”

2552babf65d5f6a043952ac923b96504.png Reportagem relembra as colunas esportivas que marcaram a história do Palavra Palhocense

Há 124 anos, chegava o cinema no Brasil

Artigo enviado por Ramayana Lira, professora da pós-graduação em Ciências da Linguagem e do curso de Cinema

53bf2adfd57fd6650fa9feba4b26b64c.jpg Foto: REPRODUÇÃO

Por: Ramayana Lira*

 

No dia 19 de junho, celebramos, por convenção, o Dia do Cinema Brasileiro. Digo “por convenção” porque sabemos que datas de início e de fim tendem a ocultar processos contínuos e são, na maior parte das vezes, marcos estabelecidos pelos vencedores das narrativas históricas. No caso do cinema brasileiro, a data comemora um evento que é, de certa maneira, bastante revelador de como os responsáveis por essa história entendem as expressões “cinema” e “brasileiro”: a filmagem da Baía da Guanabara pelo italiano Afonso Segreto, em 1896, de dentro de um barco francês, usando equipamento europeu indisponível em terras brasileiras.

Revisores da história do cinema brasileiro, como Paulo Emílio Sales Gomes e Jean-Claude Bernardet, já apontavam para os paradoxos desse “nascimento” do cinema nacional, um cinema que se celebra como objeto do olhar do outro, que se deixa filmar sem reclamar para si os meios e o modo de produção dessas imagens e que privilegia o momento da filmagem em detrimento do encontro do filme com o público (vale lembrar que o marco histórico para o “nascimento” do cinema mundial é a exibição pública pelo Irmãos Lumière, em 28 de dezembro de 1895).

O que temos, então, para comemorar nesse 19 de junho de 2020? Em primeiro lugar, reconheçamos que, ao longo desses mais de 120 anos, nos apropriamos dos aparelhos e das linguagens e das invenções, construindo uma cinematografia importante que dialoga proficuamente com a nossa sociedade. Em segundo lugar, essa construção de um cinema nacional está associada ao crescimento de todo um campo da economia, representando, considerando o amplo espectro do audiovisual, parcela significativa do PIB. Mas também observemos com alegria a apropriação dos meios e das linguagens do cinema por sujeitos antes excluídos dessas formas de expressão, que constituem formas cinematográficas potentes: mulheres, pessoas negras, indígenas.

O que podemos chamar de “cinema brasileiro” é esse espaço de tensão entre essas formas emergentes e o chamado cinema “comercial”, entre os impulsos caóticos e criativos e o olhar “profissional”, entre tradição e rupturas, entre o nós e o outro, entre a grana e o tesão. Comemoremos a incompletude de nosso cinema, celebremos seu projeto em aberto! Porque, hoje, no seu aniversário convencional, o cinema brasileiro está sendo depauperado pelas instituições que deveriam protegê-lo.

O cinema brasileiro está sendo pintado como inimigo do povo. O que, claro, ele não é. Antes, o cinema brasileiro é aliado do povo, devolvendo-lhe a especular e espetacular imagem de suas forças e de seus fracassos. Pois se há uma coisa que o século XX nos ensinou é que se um povo não cuida de seu cinema, esse ou morre à míngua ou se volta contra ele, o povo, com a fúria e a violência de uma arte fascista.

 

* Professora da pós-graduação em Ciências da Linguagem e do curso de Cinema

 


Quer participar do grupo do Palhocense no WhatsApp?
Clique no link de acesso!
 



Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ae88195db362a5f2fa3c3494f8eb7923.jpg