Foto: DIVULGAÇÃO
O TUM Festival 2025 encerrou neste fim de semana a sua oitava edição, reunindo um público estimado em oito mil participantes nas 15 atividades da conferência e 13 shows distribuídos em quatro palcos espalhados pela cidade: Boulevard 14/32 (Floripa Airport), Casa TUM, Bugio e Galeria Lama.
O evento conseguiu reunir diversos agentes da indústria da música, com a contratação de mais de 300 pessoas, entre artistas, técnicos, equipes de comunicação, sonorização, iluminação, segurança, brigadistas e profissionais especializados em diferentes áreas. Os envolvidos utilizaram quatro hotéis e seis restaurantes da cidade.
“Ao longo destes oito anos, o TUM vem se consolidando como um importante agente na formação, desenvolvimento, profissionalização e lançamentos de novos talentos para o mercado musical. Hoje é uma plataforma que fomenta o ecossistema musical e de redes criativas, unindo e conectando grandes nomes da música que vem para o Festival capacitar artistas locais e de todo o país, movendo a economia local, contribuindo com o desenvolvimento econômico e gerando visibilidade para a nossa cidade e Estado”, destaca Ivanna Tolotti, idealizadora e diretora-geral do festival.
“O TUM é um projeto que cria espaços onde os artistas são ouvidos, onde a música é valorizada como estratégia, onde o talento encontra trampolim e não apenas vitrine. E isso só é possível porque há uma equipe dedicada e uma rede de profissionais, marcas e instituições que apostam no nosso propósito: formar, conectar e impulsionar quem vive da música. E também porque entendem que música não move apenas públicos, mas move, sobretudo, estruturas”, complementa ela, que também é responsável pela direção artística e por uma curadoria reconhecida pela diversidade e inclusão.
Show inédito no Estado - O desfecho da iniciativa foi marcado pela presença inédita da Orquestra Petrobras Sinfônica em Florianópolis, que realizou dois concertos gratuitos no Boulevard 14/32, no Floripa Airport, neste sábado e domingo (22 e 23/11).
Sob a regência do maestro Felipe Prazeres, a apresentação de sábado, “Multiplayer”, prestou uma homenagem vibrante às trilhas que marcaram gerações no universo dos videogames. Clássicos como Super Mario, The Legend of Zelda, Sonic, Street Fighter, Mortal Kombat e Fortnite ganharam roupagem sinfônica em arranjos que aproximaram nostalgia, cultura pop e excelência musical, emocionando o público presente. Foram três músicas de bis ao final.
No domingo, “Na Trilha do Rock” revisitou sucessos emblemáticos do rock e do pop nacional. O público respondeu em coro ao convite feito pelo maestro para cantar obras consagradas de Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso, Rita Lee, Barão Vermelho, Lulu Santos, Titãs e Kid Abelha. As interpretações uniram potência sonora, sensibilidade e reverência à história da música brasileira.
“Concluir esse trabalho coletivo com a Orquestra Petrobras Sinfônica é afirmar o lugar da música como elo entre gerações, territórios e linguagens. Nada representa melhor o que o TUM acredita: arte como movimento, encontro, futuro e transformação social”, diz Ivanna Tolotti.
Uma das formações sinfônicas mais importantes do país, o grupo deu ao festival um encerramento à altura de sua proposta. Com interpretações impecáveis, timbres refinados e uma entrega cênica que dialoga com públicos de diferentes gerações, reafirmou seu prestígio e mostrou por que é reconhecido como uma das mais versáteis e ousadas orquestras brasileiras.
A sintonia entre os músicos, a qualidade técnica e a resposta entusiasmada do público mostraram que a música de concerto encontra, quando bem apresentada, uma potência de comunicação rara.
Abertura da Casa TUM e expansão internacional: A edição de 2025 do festival foi um divisor de águas para o projeto com a abertura da Casa TUM, hub permanente de inovação, música e economia criativa no Centro-Leste de Florianópolis. O local, assim como Galeria Lama e o Bugio, sediou a Conferência TUM, realizada entre 14 e 16 de novembro, que reuniu representantes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e da Holanda.
“A Casa TUM materializa algo que construímos ao longo de oito anos: um ecossistema vivo, que pulsa o ano inteiro como uma extensão do festival. É um espaço para formação, troca, pesquisa, criação e desenvolvimento do mercado, onde artistas e profissionais se encontram e projetam o futuro da música e da cultura”, afirma Ivanna.
Entre os destaques da conferência, a parceria inédita entre Santa Catarina e a Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac) trouxe pela primeira vez a Florianópolis uma delegação gaúcha composta por artistas como Carlos Badia, Kako Xavier, Adriana de Los Santos, Andrea Perrone, Negra Jaque e Chris Amoretti. As representantes da Sedac, Adriana Sperandir e Juliana Sueli Sehn, participaram de mesas sobre políticas culturais, circulação e economia criativa.
A presença internacional também foi marcante com a artista holandesa Marian Doroth, cuja sonoridade mescla influências do jazz e da música eletrônica. Outra referência que integrou a programação foi o compositor e produtor Marcos Souza (RJ), integrante da Orquestra Petrobras Sinfônica.
Formação, mercado e música eletrônica: Com a parceria da Associação Brasileira da Música Independente (ABMI), a Conferência apresentou 15 palestras, workshops e painéis que aprofundaram os eixos de formação e profissionalização, abordando temas como licenciamento, regravações, modelos de receita, rádios e playlists, cadeia produtiva, políticas públicas, leis de incentivo e narrativas do mercado musical.
Bruna Campos (MT), Keila Macêdo(MG), Val Becker (RJ), Toninho (SP) e o DJ e produtor ZAC(SC), contribuíram para debates densos e essenciais para o fortalecimento de artistas e profissionais independentes.
A música eletrônica ganhou um espaço exclusivo, tratando da criação de público digital, circulação internacional do gênero e seu crescimento dentro dos grandes festivais multilinguagens. A programação de showcases ampliou a diversidade estética do evento, com artistas da música urbana, instrumental, eletrônica e autoral.
“Todos esses encontros, aprendizados e cruzamentos de trajetórias nos dão certeza sobre que estamos construindo. O TUM nasceu em 2017, com o propósito de promover a música do Sul para o Brasil e o mundo, e hoje se transformou em um movimento que atravessa estados e até países. Ver artistas, gestores, produtores e o público ocupando a cidade com tanta intensidade mostra que estamos no caminho certo. Seguimos comprometidos com a formação, a diversidade, a circulação e a criação de novas pontes para quem vive da música no Brasil,” finaliza Ivanna.
Incentivo: Rede Imperatriz, Laticínios Tirol, Floripa Airport.
Apoio: Hotel Faial.
Parceria: Abrafin, ABMI, Música e Negócios, Rádio Graviola, Casa TUM, Trama Cultural, UDESC, CEART, UDESC FM, Rifferama, Jane Barcelos, Criativa Painéis, Freguesia, Galeria Lama, Bugio.
Parceria Institucional: Sul Universal, Instituto Estadual de Música, RS Criativo, Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul.
Realização: Ivanna Tolotti Produções.
Patrocínio: Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes e Prefeitura Municipal de Florianópolis.
Este projeto é patrocinado pela Prefeitura Municipal de Florianópolis, pela Fundação Cultural Franklin Cascaes, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, e pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura n° 3659/91.
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