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Mudança em centro de convivência preocupa pais

Pais estão descontentes com alterações feitas pela Secretaria de Assistência Social no atendimento no Cras do Bela Vista

73f379d366e394beeee1d61d6b827141.jpg Foto: DIVULGAÇÃO
Texto: Isonyane Iris
 
 
Sentados na calçada do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Bela Vista, alunos que frequentam o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos teriam ficado sozinhos nesta quarta-feira (20), por mais de uma hora. Preocupados com as mudanças feitas no serviço oferecido, como a retirada do almoço e a liberação das crianças ao meio-dia, pais estariam apavorados, sem saber o que fazer, já que o projeto era realizado no contraturno escolar e era uma segurança aos pais que trabalham o dia inteiro. 
 
O centro de convivência do Bela Vista atende cerca de 130 crianças. Seu horário de atendimento sempre foi das 8h às 12h, com almoço para as crianças que ficam no projeto de manhã e estudam na escola no período da tarde; já as crianças que estudam na escola de manhã também almoçavam no projeto e ficavam ate as 17h. Agora, neste intervalo entre 12h e 13h, não haveria mais atendimento, ou seja, as crianças ficariam durante uma hora sem supervisão.  
 
A primeira informação repassada aos pais era a de que o serviço oferecido seria interrompido por tempo indeterminado. Preocupados, muitos começaram a ficar com medo de não ter onde deixar os filhos. “O último dia foi na quinta-feira (7), os professores novos não deram conta e tudo estava virado numa bagunça. Aí, simplesmente enviaram um bilhete dizendo que o serviço estava suspenso por tempo indeterminado. Eles acham que não precisamos do projeto, somos pobres e não temos dinheiro para pagar outra creche ou alguém para cuidar deles no período integral. É um absurdo fazer isso com a gente, principalmente com mães que, como eu, sustentam a casa sozinhas e não têm como ficar em casa com os filhos”, desabafa a mãe de um aluno do projeto. 
 
Na segunda (18), uma reunião foi marcada com os pais dos alunos para que fossem passadas as orientações sobre as mudanças que iriam ser adotadas a partir de quarta-feira (20). Na reunião, foi repassado que o projeto funcionaria das 8h ao meio-dia, sendo que as crianças não receberiam mais almoço, apenas lanche. À tarde, os alunos entrariam às 13h, também sem almoço, apenas com lanche. “Como pode uma criança ficar o dia inteiro só com lanche, sem almoço? Na ideia deles, a gente tem que vir pegar as crianças meio-dia, levar para almoçar em casa e depois trazer, mas como se a gente trabalha o dia inteiro? Não tem como sair do serviço, vir pegar, fazer almoço, almoçar e trazer de volta. Isso é um absurdo”, reclama outra mãe, incomodada com a mudança.
 
“Na hora que elas nos informaram sobre isso, a primeira coisa que perguntei é se elas eram mães e se sabiam o que era sustentar um filho. Uma mãe que sai para trabalhar cedo, sendo que a maioria trabalha no Centro de Florianópolis, não consegue retornar às 11h para pegar o filho, dar o almoço, levar para a escola e então voltar ao trabalho, até porque não existe patrão que aceitaria isso”, teria dito uma mãe durante a reunião, perguntando se o projeto não seria justamente para atender crianças em estado de vulnerabilidade. “Desse jeito é que a criança vai estar vulnerável, ficando por uma hora largada no pátio, correndo risco. O Centro de Convivências sempre funcionou, os professores se revezavam para cuidar dos alunos e nunca teve reclamação por parte dos professores, eles sempre conseguiam coordenar isso, como que agora não conseguem?”, questiona uma mãe.
 
A coordenação do Cras teria dado algumas explicações aos pais sobre os motivos que os levaram a retirar o almoço e liberar as crianças antes do horário habitual, mas segundo os pais, as explicações não foram bem claras. “Uma hora disseram que os professores estavam ficando doentes porque estavam do meio-dia até as 13h com as crianças e depois não souberam explicar por que o dinheiro para a alimentação não está chegando”, conta uma mãe que estava na reunião.
Na quarta-feira (20), com a mudança no “cardápio”, ou seja, sem almoço, as crianças comeram cachorro-quente às 11h30 e depois receberam outro lanche apenas às 15h30, já na escola. “Quem foi para a escola depois do meio-dia ficou até o recreio sem comer, olha que pecado. Sem almoço, eles ganharam um lanche e depois outro na escola e pronto, isso é desumano”, lamenta outra mãe.
 
Para os alunos que chegam ao projeto à tarde, a situação não teria sido diferente. Com as portas do refeitório abertas, mas sem poder entrar, os alunos aguardaram até as 13h30 para então comer o lanche servido. Uma mãe teria se informado sobre o serviço oferecido pelo Cras e teria questionado na reunião sobre o repasse de verbas do governo. “Cada criança tem um cadastro, então eles recebem uma porcentagem por cada criança. Não existe como um pai e uma mãe deixar às 8h, voltar para pegar e retornar ao meio-dia. Isso é um absurdo. Se eles podem fazer torta salgada, como está no cardápio, por que não pode ser o arroz e feijão que sempre teve?”, questionou outra mãe na reunião. “Agora nós vamos atrás dos nossos direitos. Duvido que exista um pai ou uma mãe que consiga trabalhar sossegado sabendo que seu filho não se alimentou e está uma hora jogado pelo chão”, afirma um grupo de mães.
 
A Secretaria Municipal de Assistência Social admite que alguns serviços foram interrompidos por um curto período na unidade do Bela Vista em razão de contratação e capacitação de novos servidores. “Nesta quarta-feira (20), o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos retomou suas atividades normalmente”, informa a secretaria.


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