A migração interna e internacional foi o tema central de um dos debates do Congresso de Administração Municipal de Santa Catarina (Comac) 2025, em que o prefeito de Palhoça, Eduardo Freccia, atuou como moderador ao lado de Roberto Kern Gomes, superintendente do IBGE, e Álvaro Hamel, diretor de Identificação da Polícia Civil de Santa Catarina.
Durante a conversa, foram apresentados dados que colocam o estado como destaque nacional: Santa Catarina registrou um expressivo superávit migratório nos últimos anos, atraindo moradores de outros estados brasileiros e de diferentes países. A estimativa é a de que, nos próximos anos, a população catarinense cresça em cerca de 2 milhões de habitantes, enquanto outros estados devem perder residentes.
Em Palhoça, a realidade local reflete esse movimento. Os maiores fluxos migratórios que chegaram ao município são oriundos do Rio Grande do Sul, de São Paulo e do Paraná. No entanto, um dado recente chamou a atenção: o Pará passou a integrar a lista dos 10 estados que mais enviam moradores para a cidade. Além disso, cresce também a presença de imigrantes internacionais, especialmente de venezuelanos — estima-se que mais de 200 mil deles vivam hoje no Brasil, parte deles em municípios catarinenses, como Palhoça.
Entre 2010 e 2022, o município recebeu mais de 80 mil novos moradores, saltando de 135 mil para 220 mil habitantes no período, o que impôs novos desafios à gestão pública. “O desafio dos gestores é encontrar ferramentas para absorver a demanda gerada por uma população que cresce de forma tão acelerada. Aqui em Palhoça, estamos planejados para o crescimento da cidade”, avaliou Freccia durante o encontro.
O debate no Comac reforçou a necessidade de planejamento integrado entre diferentes esferas do poder público e instituições para que o crescimento demográfico represente oportunidades de desenvolvimento, e não apenas sobrecarga de serviços.
04/09/2025
04/09/2025
04/09/2025
02/09/2025