ef576b303bee20f15eb2a17910b4e8b5.png Comunidade Luterana em Palhoça celebra reinauguração da Torre dos Sinos

ad57a05500bd44a3a7be8842a6ba9c43.jpg Senac adquire terreno de 24 mil metros quadrados na Ponte do Imaruim

737617b0edcccdff511b9985ef7689f4.jpg Camilo Martins declara apoio à instalação de câmeras em salas de aula

76d5ce89c5927ed9a39ac54e2e449de0.jpeg Equipes de Palhoça se destacam no Festival Escolar Dança Catarina

380c4b3630770a147fb684c4f80b6474.jpg Novo evento do projeto Pulsa Palhoça – Trilha Sonora será realizado no sábado (1)

4fdfb933772b29f9787929a3e7667887.jpeg Flying Fish Party agita Florianópolis com Dubdogz e Kevin o Chris

98acf02ccc715f7131a264bcb1708213.jpg Show da banda Astronave de Papel promete unir música, educação e interatividade neste sábado (1º)

a04e05b18ec50db97df04ea1b4028d58.jpeg Meninos da Vila Palhoça vivem semana de avaliação no Santos Futebol Clube

0fb346e63e501fe694f78334c85d193b.jpeg Etapa da Taça Brasil registra disputas em altas ondas nesta quinta-feira (30), na Guarda do Embaú

66c167d4672495f8d471b15cf0d31fdb.jpg Taça Brasil reúne 181 surfistas na praia da Guarda do Embaú

c22407368d044d5e2fa9906303d5cd42.jpeg Triatleta de Palhoça faz sucesso no Ironman com bicicleta dos anos 1970

b6174b9bf35fcf1313be89d47247d1f9.jpeg Águas de Palhoça apoia etapa inédita da Confederação Brasileira de Surf na Guarda do Embaú

Oficina tumultuada

Primeira reunião para discussão do Plano Diretor do Sul não foi o que os moradores esperavam

440b13f40150042adecf6fd951a03bfd.JPG Foto: NORBERTO MACHADO

Na última segunda-feira (12), a Prefeitura reuniu a comunidade do Sul no salão paroquial da Pinheira para a realização de uma oficina de interesse público, onde apresentou propostas para dar continuidade ao plano estratégico de desenvolvimento na região, o chamado Plano Diretor do Sul. Foi justamente o planejamento o ponto mais questionado pelos moradores, que lotaram o espaço destinado ao evento, mas pouco puderam participar. Pelo menos essa foi a reflexão feita por muitos moradores ouvidos pela reportagem do Palhocense.

A primeira questão levantada pelos moradores é o fato de que a oficina trouxe propostas basicamente “prontas”, e eles esperavam uma construção coletiva. A Prefeitura informa que as diretrizes para o Plano Diretor foram discutidas em três oportunidades com uma comissão multidisciplinar (criada em março), composta por secretários municipais, vereadores e representantes da sociedade civil organizada, como associações de bairros e moradores, principalmente de entidades ligadas ao comércio, turismo, surfe e pesca na região. Nessas reuniões, o corpo técnico da Prefeitura recebeu muitas contribuições e elaborou propostas para atender às demandas.

Essa comissão multidisciplinar discutiu a criação de um fundo de investimentos e a regularização de áreas já consolidadas da região, onde estão as principais praias de Palhoça. O debate envolve obras e serviços de infraestrutura, como a implantação da rede de abastecimento de água tratada e esgotamento sanitário; energia elétrica e bolsões de estacionamento por meio da definição dos limites geográficos e nomes dos bairros; além da delimitação de regras claras para a construção civil, com limites para a verticalização e gabarito entre dois e seis pavimentos. Entre as ações previstas, está a construção de uma vala de drenagem com uma via perimetral entre a Passagem do Maciambu e a Praia do Sonho, que vai funcionar como um limitador físico para facilitar a posterior fiscalização de construções no local.

Na oficina, o trabalho já realizado seria analisado em grupos, que debateriam sugestões de melhoria junto ao técnico responsável para promover uma dinâmica de construção coletiva. A comunidade poderia apresentar suas propostas e sanar suas dúvidas acerca das diferentes necessidades e projetos elaborados para cada bairro do Sul do município, como as propostas de zoneamento para a região litorânea e uso do solo da região da Baixada do Maciambu. Não foi bem isso que aconteceu. Houve muita discussão, ataques pessoais e pouca - ou nenhuma - “construção coletiva”, de fato. “Foi horrível! Nunca vi uma oficina de planejamento tão mal organizada. Estava lotada e as pessoas não conseguiram participar. Achei que íamos participar da construção do zoneamento, mas o mesmo estava pronto, em um mapa vergonhoso, que mal se entendia. Queremos participar efetivamente do desenvolvimento do nosso lugar”, reclama Andreza Ramos, que é moradora “nativa” da Pinheira e estava presente na reunião. Marco Raupp também critica o fato de que a Prefeitura tenha apresentado na reunião um estudo “praticamente pronto”: “Praticamente, eles já vieram com tudo já prontinho para fazer do jeito que eles querem”. Marco argumenta que há muito o que fazer em termos de infraestrutura no Sul e lamenta o tempo perdido na reunião de segunda-feira; um tempo que deveria ter sido aproveitado com uma construção verdadeiramente coletiva. “Não foi feita uma oficina, não foi feita discussão com ninguém. Não chegaram a participar para a gente: ‘Pessoal, estamos querendo fazer isso e queremos a opinião de vocês’. Nada disso foi feito. Eles simplesmente largam ali, o pessoal assina e vão fazer acontecer? Não é assim, isso tem que ser discutido”, destaca.

O estudante de Educação Física Marlon de Oliveira Juvêncio acha a ideia de realização das oficinas muito produtiva, mas não da forma como aconteceu. “A oficina eu achei uma boa ação, porém poderia ser feita em cada comunidade, e não em conjunto, ficou um pouco apertado para todos poderem pensar e opinar. Mas a ação em si, achei muito bacana, esse incentivo às comunidades”, observa. Ele também questiona os mapas apresentados. “Alguns da comunidade da Guarda do Embaú, que é onde moro, ficaram assustados com o mapa e as demarcações”, revela o estudante, que é ambientalista, ciclista de montanha e trabalho com o manejo de trilhas de maneira sustentável.

A professora aposentada Ella Sabine Hoch, moradora da Pinheira, também considera louvável a iniciativa da Prefeitura em discutir o desenvolvimento da região Sul de Palhoça com a população. Porém, considera que o encontro no salão paroquial não atingiu seu objetivo. “Devido ao grande número de participantes e à maneira como foi pensada e conduzida a reunião, tudo acabou num certo tumulto. Estamos esperando uma nova reunião, em que se possa ouvir e ver adequadamente a proposta do novo Plano Diretor e onde podemos interagir e ouvir diferentes pontos de vista. Senti que isso não vai ser fácil”, pondera.

Também presente no salão paroquial, o segundo-secretário da Associação de Moradores de Três Barras, Jannes Manoel Prudêncio, considerou a reunião “uma vergonha”, pela forma como foi realizada. “A nossa comunidade de Três Barras nem constava no mapa. O Albardão e o Sertão do Campo, a mesma coisa. Depois de algumas conversas, mostraram um mapa da comunidade com as demarcações territoriais erradas”, lamentou Jannes, informando que a Prefeitura colheu o contato de moradores de Três Barras para agendar uma reunião na comunidade local. “É lamentável que nossa comunidade seja excluída mais uma vez de Palhoça. Já basta a praça de pedágio, que nos exclui do município. Vamos aguardar. Se eles não entrarem em contato, vamos até eles”, adverte.

Para o presidente do Conselho de Segurança do Entorno Costeiro, José Henrique Francisco dos Santos (Zé Henrique), o Plano Diretor vai trazer desenvolvimento e segurança jurídica para os moradores da região Sul. “Teremos a grande oportunidade de destravar o avanço e o desenvolvimento da região Sul. Há cerca de 10 anos, não se dava a atenção aos problemas que são a raiz do atraso para a nossa região, mas o povo acordou! Com o silêncio dos justos (nativos), ambientalistas em busca de um lugar de refúgio empurraram uma série de denúncias ao MPF e MP/SC (Ministério Público nas esferas Federal e Estadual), onde gerou uma série de ações como a da Guarda do Embaú! Quem foi prejudicado? O cidadão de bem, o nativo, aqueles que têm o objetivo de construir dentro das normas. Tiro no pé! Deu margem à irregularidade. Hoje, a região cresce sem segurança jurídica, favelizando, sem emprego nem renda! Quem mora ali tem que procurar emprego em outros municípios para poder sustentar a família”, contextualiza.



Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ae88195db362a5f2fa3c3494f8eb7923.jpg