ebb0a7a15c2eaa8f5a8f2d13947e468e.jpeg Universalização da água tratada avança no sul de Palhoça com lançamento oficial na Ponta do Papagaio

d9747fd8c5c4a5c8362d6eb132b5cd46.jpeg Polícia Militar apreende cerca de 157 quilos de maconha no Pachecos

77cd3702dd09ad983389a82ab70e7366.jpeg Ônibus Lilás realiza atividades gratuitas em Palhoça nesta segunda-feira (1)

59a5869738e27cfd5bd0caab918ad64f.jpeg Oficinas sobre ritmos afro-brasileiros acontecem neste mês na Praia da Pinheira

5eecf64bc39a8005d85e0e8c59532127.jpeg Espetáculo teatral celebra memória e identidade cultural da Guarda do Embaú

9fc72c04b43afd434ddad3b5a655642e.jpeg Alunos de Palhoça lançam livro sobre patrimônio e identidade local

adf838a29e3d2a27baa7399dbf021ecb.jpeg Abertura oficial do Natal encanta o público na Praça 7 de Setembro

55dff87fc20c8eb76c7f4f74ad2618d9.jpg Natal, música e colecionismo: eventos retornam ao Shopping ViaCatarina após reabertura

d1480bb2883604410e0c21bb2fe00771.jpeg Diogo Trindade retorna do Japão com destaque mundial e muitas histórias da viagem

4a29efe383e7860d17e5bf2eb2573998.jpeg Guarani de Palhoça conhece regulamento da Série B do Catarinense de 2026

c7cc21bcb504124cf0c90361335a4be3.jpeg Guarani conquista a Taça BG Prime Kids sub-12 no CT do Barra

0b1411ed9c1c1c01ee651de5e3c88957.jpeg Representes de Palhoça sobem no pódio em campeonato brasileiro de caratê

Influencer de um tempo mais “real”

Aos 100 anos, Dona Olga Hoffmann Zunino é um exemplo para a família e amigos

b02368743123617dc41d98ce603c5ead.jpg Foto: ARQUIVO DA FAMÍLIA

O “mundo virtual” da sociedade moderna não existia nem nos sonhos mais visionários de futuro, quando dona Olga Hoffmann Zunino nasceu, em 17 de fevereiro de 1920. Se houvesse, dona Olga seria uma “influencer”, pela capacidade de influenciar as pessoas, com carisma e com a sabedoria da palavra certa no momento certo.

No aniversário de 100 anos, celebrados no mês passado, os oito filhos se reuniram para paparicar a mãe: Alda, Aldo, Avanda, Altina, Arnaldo, Norma, Arlindo e Anilda. Dona Olga merece toda a reverência. Casou-se aos 21 anos de idade com Alberto José Zunino, de Tijucas. Já tinha as cinco meninas (a mais velha, com 13 anos; a mais nova, com nove meses) e os três meninos quando seu Alberto faleceu, em função de complicações de uma úlcera.

A doença do marido acabou consumindo bens e economias da família. Quando ele faleceu, dona Olga assumiu a casa, aos 36 anos de idade. Precisava cuidar dos oito filhos e sustentar a família. Moravam em Ituporanga. Nascida e criada no campo, conhecia os meandros da lida na roça, subia morro com carro de boi, criava animais, fazia queijo. E os filhos vinham em primeiro lugar. “Se tivesse apenas quatro ovos, ela repartia em oito, dava metade para cada filho e ela ficava sem”, relembra o dentista Arnaldo Zunino, o quinto filho do casal. 

“A gente aprendeu muito com ela”, lembra a filha Avanda. “Ela não era de falar, mas falava pouco e falava o certo”, descreve a filha Norma. Norma diz que um dos grandes aprendizados foi o pensamento coletivo: “Nunca era ‘eu’ fiz isso ou aquilo; era sempre nós. A nossa casa, nós vamos fazer isso ou aquilo”. E mesmo já idosa, tinha o costume de falar dos filhos como “nossas crianças” – e a mais nova, Anilda, tem 65 anos!

Outra virtude da mãe foi o estímulo que sempre deu para que os filhos tivessem, cada um, sua profissão. “Todo mundo amadureceu cedo, porque tinha a responsabilidade de tomar conta da própria vida”, relembra Avanda. E dona Olga foi até “profeta”, porque pensava: “Ah, quem tivesse um filho dentista...”, com um orgulho que viria, de fato, a ter: três dos filhos e quatro netos são dentistas – ao todo, são 26 netos e 24 bisnetos.

Dona Olga era rígida, mas não tinha o hábito de “bater” nos filhos, como muitos pais daquela época faziam. Aliás, muitos dos ensinamentos que ela passava aos filhos, aprendera com o marido. Ou seja, mesmo depois de morrer, seu Alberto continuava educando os filhos. “A mãe dizia, sempre, que o pai falou que ela precisava criar os filhos para serem trabalhadores, honestos e caprichosos, para fazer tudo bem feito e, assim, nunca precisar se curvar ao passar por alguém. Para a gente, era uma ordem”, relata Arnaldo. Ele conta que a mãe nunca foi contra que os filhos fossem a festas, fumassem ou bebessem, mas dizia: “Nunca vou dar dinheiro para cigarro ou bebida”. “Ela pensava em tudo, sempre foi muito inteligente para criar os filhos”, emenda Arnaldo. “Tudo só foi possível por ser uma pessoa de muita fé, que andou nos caminhos de Deus”, destaca Norma.

Hoje, os filhos a cuidam e repartem a tarefa com cuidadoras, que são elogiadas pela matriarca. “Cuidam muito bem de mim, são muito caprichosas”, diz dona Olga, que mora na Ponte do Imaruim – chegou em Palhoça no início dos anos 1990 –, onde costuma receber a visita frequente dos filhos e está sempre cercada de muito amor. O mesmo amor que passou a vida distribuindo.



Galeria de fotos: 3 fotos
Créditos: ARQUIVO DA FAMÍLIA ARQUIVO DA FAMÍLIA ARQUIVO DA FAMÍLIA
Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ae88195db362a5f2fa3c3494f8eb7923.jpg