240bbc0b58648717cb840d3dc82ab4a1.jpeg Famílias de baixa renda podem ter desconto de até 85% na tarifa de água

4b3a7d2aa4ded5e022dfd555bd790a70.png Gerar inaugura novo polo em Palhoça com evento “Café com a Gerar”

152a57f10949b0b52401dda41503ad48.jpeg Prefeitura abre inscrições para comércio ambulante nas praias de Palhoça durante o verão

eb6516ac5405ee57380f1007146623d6.png Prefeitura com Você chega ao Parque do Madri neste sábado (18)

bf47908ea0b5a3ed12024c2ce8060c65.jpeg Livro produzido durante curso de xilogravura será lançado nesta sexta (17), na Casa do Educador

20b82cb5823142d01e4ec8ff523bd646.jpeg Projeto Pulsa Palhoça - Trilha Sonora confirma nova data para show de estreia

3c4c867ce14bf6f804d3156089116e16.jpeg Biblioteca pública de Palhoça celebra 50 anos de fundação com programação especial

6d2a4683b9dce2fc9651f916166a6bad.jpeg Uniasselvi Fadesc promove evento na Ponte do Imaruim em comemoração ao Dia das Crianças

7095fcd61328ba086f6ef4bf98458435.jpeg Casal de Palhoça transforma paixão pela corrida em história de amor

043f42b336921975ec58196920314355.jpeg Atletas palhocenses disputam Campeonato Brasileiro de Judô Sub-13 e Sub-15 na Paraíba

9a6865b15a678a75af57668b7c9a60c0.jpeg Palhoça realiza lançamento de etapa local da Taça Brasil 2025

Apaixonada pelo Pitanga

Fusca 1975 laranja é o xodó da Adriana Maria Lehmchulh

eafa1c839dd6f064531d65eea0dc0e48.jpg Foto: ARQUIVO PESSOAL

Em uma quarta-feira chuvosa, os palhocenses puderam conhecer o Pitanga, o Fusca 1975 laranja que é o xodó da Adriana Maria Lehmchulh, de 42 anos. Adriana saiu de Florianópolis, onde mora, para prestigiar um dos encontros que a Confraria Volks de Palhoça costuma promover às quartas na Praça das Bandeiras. Os encontros reúnem colecionadores e apaixonados por carros antigos; a grande maioria, homens. É raro encontrar uma mulher que cultive um hobby como esse, mas Adriana quer mudar essa realidade. Ela deixa um recado para as mulheres que partilhem do mesmo interesse: “Não deixem de realizar seus sonhos e suas vontades”.

Ela não deixou de realizar o sonho dela. Quando era casada, o marido não a incentivava, então, o sonho ficou adormecido lá dentro do coração. Com a separação, há um ano, veio a liberdade de levar seus projetos pessoais adiante. Curiosamente, foi em um momento de dificuldade que tomou a decisão de comprar o Pitanga. O Fusca do irmão, André, havia sido roubado. Foi encontrado tempos depois em um desmanche em São João Batista. Estava todo detonado, e amigos fizeram uma mobilização nas redes sociais e organizaram eventos para arrecadar os recursos necessários para a reforma. Foi nesses encontros que o velho sonho ganhou alma.

No final de dezembro do ano passado, Adriana comprou o Pitanga, seu primeiro carro, sua maior conquista. “Sou uma pessoa apaixonada por Fusca. Sempre sonhei em ter um, desde pequena”, revela. Talvez o carro seja o símbolo palpável de um nostálgico passeio ao passado. Nascida e criada em Florianópolis, aos oito anos Adriana mudou-se com a família para o interior. Na época, o pai tinha um Fusca creme e logo em seguida comprou um novo Fusca, azul, o famoso “azul calcinha”. Aquele carro virou seu companheiro inseparável de todo final de tarde. “Onde morávamos, não tinha luz. Quando a gente queria escutar música, escutar uma rádio, uma notícia, alguma coisa assim, a única coisa que a gente podia contar era com o radinho do Fusca”, relembra. Todo final de tarde, ela escutava numa estação de rádio o “Momento do Rock”, embalada pelas canções de Pink Floyd, Led Zeppelin, Scorpions e outros clássicos do rock’n roll. “Eu era a única menina no meio de 16 meninos. A única companhia que eu tinha, o único momento que eu tinha só meu, era quando eu estava dentro do Fusca, viajando, olhando as estrelas. Era um lugar mágico, onde a gente morava. Tenho recordações pro resto da minha vida de um lugar onde vivi muito feliz”, destaca.

Por enquanto, só passeia de carona. Adriana ainda está tirando a carteira de motorista. Quem dirige o Pitanga pra ela é o filho, Douglas Andrino Lehmchulh Vieira. “Ele não gostava de Fusca, mas hoje mudou de ideia, já ama esse carro. Já foi picado por esse bichinho da ferrugem”, diverte-se a colecionadora, que não vê a hora de trazer o Pitanga para dar mais um passeio em Palhoça. “Eu queria ir todas as quartas-feiras, mas infelizmente a gente não tem condições, é muito longe pra mim. Fui numa noite de chuva, uma louca. Mas quem ama esse carro sabe que vale a pena estar junto de outros apaixonados”, pondera. Nesses encontros, Adriana encontra não só outros carros antigos, mas sua “nova família”. “Acaba se tornando uma família, um pode contar com o outro, e uma família de verdade, que hoje em dia a gente não encontra por aí”, considera.

E é a essa família que ela recorre toda vez que enfrenta algum perrengue com o bom e velho Pitanga. “Sabe como é carro velho, sempre tem problema. Já estive várias vezes na oficina, já fui guinchada, hoje já estou aprendendo a lidar com os probleminhas dele”, garante. Aprendeu tão bem que, certa vez, depois de gastar dinheiro com mecânico sem conseguir solucionar o problema, ela mesma deu uma “garibada” no Fusca e fez funcionar. Com Fusca é assim: a paixão faz toda a diferença!



Galeria de fotos: 3 fotos
Créditos: ARQUIVO PESSOAL ARQUIVO PESSOAL ARQUIVO PESSOAL
Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ae88195db362a5f2fa3c3494f8eb7923.jpg